quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Palestra Gratuita: O Alinhamento Estratégico do e-learning e Gestão do Conhecimento nas Grandes Empresas

“O Alinhamento Estratégico do e-learning e Gestão do Conhecimento nas Grandes Empresas"

Apresentação de Cases de Sucesso

Palestrantes:

Alex Lucena

Extensa experiência em projetos ligados à Internet, tendo trabalhado por mais de três anos como Gerente de Negócios do Programa Brasileiro de Exportação de Software – SOFTEX – em sua Coordenação Nacional em Campinas (SP) e no seu escritório nos USA. Foi trainee da McCann Erickson, Gerente de Negócios e Micro-Marketing no Banco Nacional entre 1991-95, Diretor de Marketing Educacional da Universidade Gama Filho, 1999-2000 e Diretor da ASSESPRO – RJ, Associação das Empresas Brasileiras de Software e Serviços de Informática, no biênio 2005-06. Mestre em International Business Administration pela Nova Southeastern University (NSU), Fort Lauderdade, USA e bacharel em Marketing pela UniverCidade do Rio de Janeiro.

Daniel Orlean

Participou de inúmeros projetos relacionados à gestão do conhecimento e gestão do capital humano em clientes como Petrobras, Vale, Xerox e Tribunal Superior Eleitoral. É sócio-fundador da Milestone desde 2001. Participou da concepção da empresa desde o primeiro plano de negócios, concebendo produtos e atuando na área de marketing e vendas. É mestre em Informática (Engenharia de Software) e Engenheiro de Computação pela PUC-Rio. MBA em Gestão do Conhecimento pela COPPE/UFRJ.


Data: 25/11/2009 (quarta-feira)
Horário: 15:00 às 17:00
Local: Auditório Theophilo de Azeredo Santos- Av.Rio Branco, 81, 19° andar – Centro / RJ.


Inscrições: Gratuita conforme regras em nosso site: http://www.aberj.com.br

Envie e-mail para aberj@aberj.com.br, com nome, instituição, cargo, telefone.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

PALESTRA GRATUITA: SRM - GESTO DO RELACIONAMENTO COM OS STAKEHOLDERS

Tópicos:
Evolução do conceito de Relacionamento em Gestão. Mente, carteira, coração. SRM: Gestão do Relacionamento com os Stakeholders. A Gestão das empresas mais amadas. Colaboradores, Clientes, Investidores, Parcerias, Sociedade. Novo Capitalismo. Cultura, o ingrediente secreto. Debates.

Palestrante:
José Carlos Fontes: Conselheiro, Instrutor e Palestrante da UBQ-RJ. Integrante do GAT do CB-25 da ABNT. Coordenador e Professor de cursos de Pós Graduação. Professor de Pós Graduação da FUNCEFET. Duas vezes premiado por Inovação em Gestão. Mestre em Administração pelo IBMEC. Pós Graduado em Gestão da Qualidade pela FGV. Analista de O&M.

Data: 05/08/2009 (Quarta-feira)
Horário: 18:00 às 19:30:00h.
Local: Av. Rio Branco, 124/21º andar, Centro, Rio de Janeiro - RJ.

Inscrições: Gratuitas – responda a este e-mail: qualivida8@gmail.com

segunda-feira, 8 de junho de 2009

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” - GESTAO EMPRESARIAL, NO UCL.

(EXECUTIVE MBA)
em
GESTÃO EMPRESARIAL
PARA AS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO.


A gestão geral das organizações passa por um sem-número de transformações e turbulências, tais como: problemas com o padrão – exigido – de qualidade por parte do cliente; problemas legais e de direito do consumidor; novos concorrentes; novas tecnologias; mão-de-obra pouco qualificada e/ou qualificada de forma inadequada aos padrões atuais; legislação trabalhista; globalização; falta de uma política pública de investimentos – e fomento – para as pequenas e médias empresas; falta de formação profissional dos gestores, entre outros. Fazendo que estes gestores administrem por intuição e não por competência.
Visando atendimento destes desafios, bem como o aprimoramento desses profissionais, em nível de especialização, o UCL oferece o curso de pós-graduação “Lato Sensu” (Executive MBA) em Gestão Empresarial, com foco na pequenas e médias empresas do Município do Rio de Janeiro.
Os interessados que se encontram no último período podem realizar sua inscrição, para iniciar o curso, na secretaria da pós-graduação (bloco 01 – terceiro andar).


PÚBLICO-ALVO (PRÉ-REQUISITO):
Estudantes, micro-empresários, gerentes, chefias em geral, advogados, consultores e auditores, sociólogos, engenheiros, médicos e profissionais que atuem ou desejem atuar nas áreas envolvidas à gestão geral das empresas.


OBJETIVO:
Estimular e desenvolver o pensamento estratégico e empresarial, nos pequenos e médios empresários do município do Rio de Janeiro, ativando-o na busca de uma postura mais voltada para o ambiente competitivo que vivemos, bem como dar novas ferramentas administrativas que visem, no limite, gerar uma nova competência profissional compatível como os cenários postos no século XXI.

MÓDULOS/DISCIPLINAS:
I – Módulo - Estratégia, Qualidade Total, Plano de Negócios e Legalização Para uma Pequena e Média Empresa, no Município do Rio de Janeiro.
1 – Globalização, Competitividade e Estratégia Empresarial Para as Pequenas e Médias Empresas;
2 - Montando e Administrando uma Pequena e Média Empresa;
3 – O Processo de Legalização de uma Pequena e Média Empresa;
4 – Direito Trabalhista no Âmbito da Pequena e Média Empresa: Táticas, Ciladas e Precauções;
5 - Gestão Pela Qualidade Total no Mundo da Pequena e Média Empresa.

II - Módulo - Gestão Financeira, Orçamentária, Tributária e Contábil.
6 - Gestão Financeira, Tesouraria e Elementos de Avaliação Financeira Para as Pequenas e Médias Empresas: A Hora da Verdade;
7 - Gestão Orçamentária Para Pequenas Empresas;
8 - Gestão Contábil;
9 – Gestão Tributária e Fiscal.

III - Módulo – O Marketing na Pequena e Média Empresas, A Gestão de Pessoas como Alternativa Ótima de Alavancar Lucratividade, Processos e Resultados.
10 - Gestão de Pessoas;
11 - Gestão do Conhecimento, Inovação e os Ambientes das Pequenas e Médias Empresas;
12 – O Marketing, O Varejo e o Comportamento do Consumidor no Século XXI na Perspectiva das Pequenas e Médias Empresas;
14 – Metodologia de Pesquisa.

IV - Módulo de Estudo de Casos.
15 - Análise de Negócios (Business Game).


PROFESSORES DO UCL:
Alexandra Fernandes Limeira
Angelo Peres - COORDENADOR DO PROGRAMA.
Cláudio Morganti
José Augusto Canto
Teresa Piva
Vinícius Pastos Soares

PROFESSORES CONVIDADOS:
Antonio Ranha - UCAM/FGV
Augusto Peres - UCAM / UFRJ
Cid Curi - UCAM
Gláucio Coelho - UGF / FGV
Horácio Soares - UCAM
Rita Afonso - UCAM / COPPE-UFRJ.

HORÁRIO:
Aos Sábados (quinzenais) 8h às 18h.

CARGA HORÁRIA:
384 h/a distribuídas em 12 meses letivos.

INFORMAÇÕES:
FONE: 3289-4768
E-MAIL: assessoriapos@celsolisboa.edu.br


INSCRIÇÃO:
1 - Taxa: a ser definida pela Assessoria da Pós do UCL
2 - Curriculum Vitae,
3 - Histórico Escolar da Graduação,
4 - Diploma de Graduação ou Certificado de Conclusão do Curso de Graduação,
5 - Exposição de Motivos - que justifique a aceitação do candidato no Programa de Pós-Graduação.

SELEÇÃO:
Uma banca examinadora constituída de 3 professores analisará os documentos mencionados no item anterior e realizará uma Entrevista com o candidato ao Programa.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Palestra Gratuita - Gestão de Pessoas

GESTÃO DE PESSOAS - a função estratégica do profissional de RH


Tópicos:
A Função Estratégica do RH. Estratégia Empresarial com foco em gestão do conhecimento e competências. O Mapa Estratégico da Gestão de Pessoas: Excelência Organizacional, Aprendizagem Humana e Resultados Organizacionais. Os Pilares da Educação e a Gestão de Pessoas: Ensinar o Aprender a SER, CONHECER, FAZER E CONVIVER como estratégia. Debates.

Palestrante:
Débora Dias Gomes: Pedagoga, Mestre Diretora Presidente da DDG Educação & Consultoria, Fundadora do Sistema de Ensino ESIL Educacional. Presidente da Escola de Pós Graduação DDG-Educação & Consultoria. Professora em instituições como: Fundação Getúlio Vargas, IME/FETRANSPOR, FAFIC, São Camilo, UFF, entre outras. Consultora em Organizações privadas e públicas – Seu foco está na melhoria da Eficiência organizacional por meio da aprendizagem individual, coletiva e institucional.

Data: 27/05/2009 (Quarta-feira)
Horário: 18:00 às 19:30:00h.
Local: Auditório do Clube de Engenharia, Av. Rio Branco, 124/21º andar, Centro, Rio de Janeiro - RJ.

Inscrições: Gratuitas - UBQ-RJ
Telefone: (21)2516-5446 (21)2518-7034 E-mail: ubqrj@ubq-rj.com.br
Acesse os Cursos da UBQ-RJ. Site: www.ubq-rj.com.br


Sócios Patrocinadores da UBQ-RJ: FURNAS - GERDAU - PETROBRAS - QUALITYMARK Editora

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Um Estudo sobre as vantagens das inplementações de digrafogramas na Contabilidade Introdutória.

Artigo – Alessandra Fernandes Limeira
Um estudo sobre as vantagens da implementação de digrafogramas na Contabilidade Introdutória.
O presente artigo tem por objetivo apresentar uma modelagem denominada Planificação Contábil, conjugando o Plano de Contas, Função e Funcionamento de cada conta, finalizando com os Digrafogramas, sendo este último o principal instrumento de apoio explorado no processo de ensino-aprendizagem da Contabilidade em sua parte introdutória.
Com base na escola européia, o traballho se fundamenta no método das partidas dobradas, nas teorias patrimonialista, personalística e matemática, para desenvolver durante a formação do futuro profissional o raciocínio do registro contábil, com a utilização de digrafogramas, como elemento facilitador do ensino-aprendizagem.
Insere-se na pesquisa o modelo de plano de contas, a formação das contas, o seu respectivo funcionamento, o significado de cada uma, seus respectivos lançamentos de natureza contábil em função das rotinas operacionais e sua representação gráfica.
A Contabilidade ao longo dos anos tem demonstrado a sua importância como instrumento que auxilia a administração a tomar decisões. Operacionalmente ela coleta todos os dados econômicos e financeiros, mensurando-os monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de relatório ou de comunicados, que contribuem sobremaneira para a tomada de decisões, muito embora, no Brasil, tenha havido um desenvolvimento bastante restrito em relação as suas potencialidades. Os estudantes e profissionais, até pouco tempo, dispunham de bibliografia escassa, os textos disponíveis eram de origem estrangeira e o seu aprendizado ainda pouco difundido.
No tocante à literatura, em sua parte introdutória, os recursos didáticos empregados no ensinamento, normalmente, são repetitivos, seus conceitos, metodologias e exemplos denotam um modelo de ensino quase que padronizado. Diante dessa situação, urge a necessidade do aprimoramento do estudo da Contabilidade demandando a opção de novos instrumentos de apoio, podendo ser utilizado os recursos que estão disponíveis na tecnologia da informação.
Mesmo porque o aprendizado dessa disciplina necessita de ferramentas que torne o acompanhamento mais dinâmico da formação global do ensino básico (Técnico em Contabilidade) e principalmente do ensino superior (Graduação).
Foram criados verdadeiros tabus ao longo dos anos, imaginando-se dificuldades e altas complexidades para o entendimento das matérias enfocadas no programa do curso de Ciências Contábeis. Criou-se uma tradição em afirmar que aprender Contabilidade é extremamente difícil. Vários “tabus” foram formando-se com o passar do tempo ao redor do estudo dessa disciplina. Há diversos casos de alunos desmotivados, diante da profissão que vão abraçar, por não estarem absorvendo adequadamente as técnicas contábeis.(MARION 1991, p.23-24)
Reforçando esse ponto de vista (IUDÍCIBUS 2000, p.241) no item “O Pragmatismo da Escola Norte Americana”, faz a seguinte menção: “O fantasma do Débito e do Crédito”, expondo que por muito tempo no Brasil conceitos de débito e crédito foram dados aos estudantes de Contabilidade de maneira complexa, de forma tal que muitos contadores deixaram a faculdade sem saber debitar e creditar.
Esta situação sugere a utilização de novos recursos no processo ensino-aprendizagem da contabilidade em complemento aos métodos tradicionais, onde o entendimento do estudante esteja sendo prejudicado pela falta de novas metodologias que contemplam o uso de simulações de eventos, de cenários, análise de sensibilidade e a utilização da informática.
É possível imaginarmos atualmente uma forma mais eficiente neste processo, se aliarmos a teoria à prática e aceleração na execução dos trabalhos através dos recursos da tecnológica da informação. A situação atual do processo melhora se nos empenharmos na busca intensa do seu aprimoramento.
Assim, buscamos na literatura contábil a inclusão do digrafograma no ensino da contabilidade introdutória como forma de tornar a teoria ensinada em uma proposta que nos leve a desenvolver a Planificação Contábil, conjugando a criação de um Plano de Contas e as suas respectivas Funções e Funcionamento. Adicionalmente serão elaborados digrafogramas, visando a melhor organização da empresa, além de servir como instrumento gráfico no processo de ensino da contabilidade. Desta forma procuramos a compreensão da elaboração dos registros contábeis, permitindo a que o aluno esteja voltado para registros de dupla entrada (fórmula simples), além de estender o estudo praticando-se as demais fórmulas de registros contábeis no sentido de racionalizá-los.
Dada a importância da planificação da contabilidade é possível aprimorar a organização contábil, complementando-a com a utilização da tecnologia da informação, visando assim privilegiar o uso de planilhas e com isso efetuar procedimentos de simulações e análise de sensibilidade.
O que pretendemos é contribuir no aprimoramento do ensino da Contabilidade Introdutória, amparado na teoria existente em uma linha mestra que utiliza mais recursos gráficos e informação. A proposta inclui a execução de uma planificação contábil, tendo como base uma empresa de consultoria.
A presente proposta tem sua delimitação na disciplina de Contabilidade Introdutória, cujos procedimentos empregados estão intimamente ligados ao estudo de Plano de Contas, Funções das Contas, Funcionamento das Contas e do Digrafograma, complementa os métodos atuais, pela inclusão de simulações que estamos propondo como adicional ao estudo tradicional, visando torná-lo mais prático, compreensivo e atraente, à medida que possibilita a aplicação prática dos conhecimentos teóricos, na composição dos saldos das contas, bem como na situação patrimonial configurada no Balanço Patrimonial a qualquer tempo e a respectiva Demonstração de Resultado, tornando assim a contabilidade por balanços sucessivos a cada operação realizada.
Ao longo dos anos, a literatura contábil em sua parte introdutória demonstra que o método de ensino segue os mesmos modelos atuais.
O problema tem sua relevância na estrutura do aprendizado da Contabilidade, que dificulta a visualização dos registros dos fatos os quais não refletem imediatamente as partidas dobradas, apenas demonstra o estado patrimonial a cada passo, o que torna o estudo prático-mecânico, levando a incerteza do aprendizado. Não se constata de antemão a existência das teorias, apenas a forma prática da execução dos registros contábeis.
Assim urge a necessidade de aprimorar o ensino com adequação pormenorizada ao raciocínio contábil, a fim de que o estudante e o profissional da contabilidade possam entender a lógica dos mecanismos do registro.
Não encontramos qualquer diferenciação nos recursos didáticos utilizados pelos autores que tratam sobre a Contabilidade, e quanto mais nos aprofundamos nas pesquisas, mais constataremos a apresentação repetitiva contemplada na literatura contábil. Esta afirmação é fundamentada pela referência dos livros mencionados nesta revisão bibliográfica, motivo pelo qual, enfatizamos como principal à obra de (DUMARCHEY 1943, p-118-137), devido ao fato de ter se passado praticamente seis décadas e o que verificamos foi à utilização da mesma metodologia empregada à época pelo autor, sendo revivida anos após anos, sem qualquer modificação (DINOA 2002, p.17)
A metodologia deve enfatizar os objetivos da contabilidade, partindo dos registros contábeis dos atos e fatos de natureza administrativa, com a execução a qualquer tempo dos controles físico-contábil e os procedimentos de análise, no intuito de disponibilizar as informações, para mensurar, avaliar e medir a variação da riqueza, propiciando subsídios para a tomada de decisão por meios de relatórios sumarizados ou de comunicados, desde a criação de um cenário primitivo da contabilidade até os dias de hoje, fortalecendo as inúmeras informações cada vez mais corretas e reveladoras e que vem evoluindo e se aperfeiçoando com o tempo, em função das mudanças tecnológicas e ambientais.
Inclui-se neste tema a oportunidade do aprimoramento ao estudo da contabilidade com o emprego de exercícios, estudos de casos, simulações e mudanças de cenários, podendo ser compartilhada com a tecnologia de informação, no sentido de apoiar as atividades profissionais bem como, as atividades acadêmicas no seu dia-a-dia, haja vista o ensino à distância, hoje muito difundido pela Internet.
Para atingir os objetivos propostos as seguintes questões deverão ser respondidas:

• Como introduzir digrafogramas no ensino da contabilidade introdutória?
• Qual a receptividade do estudante em desenvolver o estudo da contabilidade introdutória utilizando os digrafogramas?

• Como a padronização de um sistema contábil, configurado no digrafograma, pode tornar prática a implementação, via processamento de dados?

• A utilização do digrafograma na planficação contábil pode melhorar a organização de uma empresa?

Pretendemos inicialmente efetuar pesquisa bibliográfica com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, podendo ser de fonte primária ou secundária, isto é material acessível ao público em geral.
Quanto aos meios, a pesquisa será bibliográfica e documental, porque a fundamentação teórico-metodológica do trabalho será realizada na investigação sobre os seguintes assuntos: Planificação Contábil – Plano de Contas, Função, Funcionamento e Digrafogramas.
A investigação será documental, porque se valerá de documentos internos de uma empresa de Consultoria de Treinamento, que diz respeito ao objeto do estudo e inclui dados sobre a opinião dos alunos da graduação do Curso de Ciências Contábeis, da Faculdade Moraes Junior, quanto ao emprego dos digrafogramas.
Sendo o método um caminho, uma forma, uma lógica de pensamento, basicamente nos apoiaremos no método dedutivo.
O método dedutivo implica numa teoria que pode ser reconhecida como científica à medida que for possível deduzir dela proposições observacionais singulares. (RICHARDSON 1999, p.36)
Toda discussão científica deve surgir com base em um problema ao qual se deve oferecer uma solução provisória a que se deve criticar, de modo a eliminar o erro. (POPPER, 1975, p.27)
O método dedutivo, dentre outras definições, deduz alguma coisa a partir de formulação de hipóteses que são testadas, e busca regularidade e relacionamentos causais entre elementos. (VERGARA 1997, p.13)
Os conceitos abordados acima nos revelam que esta linha de pesquisa reforça nosso ponto de vista, quando adotamos o método dedutivo e apoiado nele pretendemos construir a Planificação Contábil, estabelecendo regras associadas aos seguintes passos:
• A – ponto inicial (Plano de Contas);
• B – depende de A (Função e Funcionamento);
• C – depende de A e B (Digrafogramas).

As regras expostas seguem uma rotina com os seguintes segmentos:

1o. Criação do Plano de Contas – Pesquisa bibliográfica com ênfase nos livros dos seguintes autores: LOPES SÁ, IUDÍCIBUS, COLLI, FRANCO, CHEVITARESE, ARANA;
2o. Busca-se a apresentação das funções e funcionamento das contas, devidamente estruturadas no Plano de Contas;
3o. A modelagem deve inserir todos os elementos, sendo primordial a execução dos digrafogramas, no sentido de facilitar o ensino-aprendizagem da contabilidade e servir de apoio na implantação da empresa, nos aspectos operacionais e contábeis, cujos fundamentos foram propiciados pelos autores CHEVITARESE, WALTER e ARANA, retratados por meio das seguintes simbologias:
Débito Crédito
Débito Crédito

Os conceitos obtidos na revisão bibliográfica relativamente ao Plano de Contas, com as Funções das contas, a discriminação do Funcionamento das contas e o recurso gráfico denominado Digrafograma demonstrando passo a passo de como é feita à execução das rotinas operacionais.
O Plano de Contas é uma peça que reúne nomenclatura padronizada para registro de todas as operações que ocorrem em uma empresa.
O professor (IUDÍCIBUS 1998, p. 25) aborda a planificação geral do setor contábil pelas operações da entidade, pela qual essas transações deverão ser registradas, sintetizadas e evidenciadas. Elabora, finalmente, um Plano e um Manual de Contas adequados, que deverão ser observados obrigatoriamente na empresa.
Quando a contabilidade é bem planejada, grande parte do processo de escrituração se torna rotineira e pode ser realizada por simples escriturários ou por computadores, sob a supervisão do contador ou de um subcontador (IUDICIBUS 1998, p. 26).
A utilização do Plano de Contas deve atuar como orientador básico no momento de decidir em que conta classificar determinada operação facilitando para que todos envolvidos na escrituração do mesmo evento classifiquem em uma mesma conta operações idênticas.
Neste caso, percebe-se que, por exemplo, que uma venda de mercadorias a prazo, o registro contábil segue a conta classificada no Plano de Contas, sendo ela a conta CLIENTES, jamais poderia ser contabilizada tal operação em uma outra conta, suponhamos erradamente a conta Duplicatas a Receber, pois está na está inserida no Plano de Contas.
O plano oficial de contas, adotado pelos estabelecimentos bancários de todo o País, por força da determinação legal (Circular 1.273, de 29/12/87 do Banco Central), sendo estruturado de acordo com a codificação adotada e baseia-se em processo que contempla os seguintes pontos: (COLLI 1996, p.77)
a) Máximo de 8 (oito) dígitos.
b) ATIVO – números iniciais 1, 2 e 3.
c) PASSIVO – números iniciais 4, 5, 6, 7, 8 e 9.
d) Os números códigos compõem-se de seis partes:
1a.parte – um dígito – correspondendo ao grupo de contas do ATIVO e do PASSIVO
2a. parte – um dígido – correspondendo ao subgrupos do ATIVO e do PASSIVO.
3a. parte – um dígito – correspondendo ao desdobramento dos subgrupos do ATIVO ou do PASSIVO.
4a. parte – dois dígitos – correspondendo ao Título de Razão do ATIVO ou do PASSIVO.
5a. parte – dois dígitos – correspondendo ao subtítulo de Razão do ATIVO ou do PASSIVO.
6a. parte – um dígito – correspondendo ao elemento verificador dos títulos e subtítulos de Razão

O emprego do Plano de Contas com base na estrutura acima, pode ser assim exemplificado:
1 CIRCULANTE E REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
1.1 DISPONI BILIDADE
1.1.2 DEPÓSITOS BANCÁRIOS
1.1.2.10.00-9 BANCO DO BRASIL S.A - CONTA DEPÓSITOS
1.2.1.10.03-6 REVENDAS A LIQUIDAR – Letras de Câmbio

O Banco Central tornou imprescindível a organização contábil de forma padronizada, a fim de que os relatórios remetidos pelo sistema financeiro viessem a informar em um mesmo formato de modo abrangente sobre as atividades desenvolvidas nos estabelecimentos bancários.
O Plano de Contas não só propicia a uniformidade dos registros como poupa tempo ao executor da escrituração, pois diante de cada fato a ser escriturado ele encontrará no plano o guia para o correto registro, evitando assim a utilização de diferentes contas para os registros de fatos de idêntica natureza (FRANCO 1980, p. 67).
Desta forma, oferece um modelo de plano de contas que é apresentado apenas a título de informação, porquanto para cada caso concreto deve-se estabelecer um plano que difira dos outros em seus pormenores:
1 ATIVO
1.1 Ativo Circulante
1.2 Ativo Realizável a Longo Prazo
1.3 Ativo Permante

2 PASSIVO
2.1 Passivo Circulante
2.2 Passivo Exigível a Longo Prazo
2.3 Resultados de Exercícios Futuros
2.4 Patrimônio Líquido

3 RECEITAS
31 Receitas Brutas
3111 Vendas Operacionais

4 CUSTOS E DESPESAS
41 Custos das Vendas
4101 Custos das Mercadorias Vendidas

A adoção do plano de contas, de imediato visa facilitar grandemente a utilização das contas, devido ao fato de que na classificação geral cada conta é identificada por um código que a distingue das demais, portanto é necessariamente uma peça de informação.
Na execução do registro, como por exemplo, a baixa da mercadoria do estoque pelo processo de vendas, basta que se utilize a conta 4101 – Custo de Mercadorias Vendidas.
O Plano contábil, composto de elementos precisos e organizado de acordo com as modalidades definidas não consiste apenas em uma lista de regras, mas também em um conjunto coerente de componentes. O aspecto formal dos levantamentos contábeis constitui o pressuposto para o rigor da informação, que encontra expressão completa e sintética nas demonstrações financeiras. Portanto, da mesma forma que a boa ordem de uma biblioteca exige que os livros estejam agrupados nas estantes de acordo com a disciplina, no plano de contas são fundamentais os critérios de classificação e de codificação numérica dos seus vários componentes.

Um Plano de Contas adequadamente estruturado deve apresentar algumas características essenciais, inserimos abaixo:

• Apresentação dos dados contábeis em forma homogênea, a fim de que os documentos sejam comparáveis entre si (princípio da comparabilidade);
• Registros claros e corretos dos fatos do gerenciamento;
• Uniformidade de linguagem sobre os aspectos administrativos empresariais;
• Compatibilidade entre as exigências de informação da empresa e aquelas previstas pela lei e pelos regulamentos fiscais.

O Plano de Contas é o ferramental básico do processo contábil. Como instrumento de Contabilidade, serve para orientar a classificação dos fatos administrativos em contas de patrimônio ou de resultado consiste, portanto, de um sistema de contas patrimoniais ou integrais e de resultado ou diferenciais, devidamente intituladas e precedidas por código numérico (WALTER 1981, p.9)

A Planificação das contas é medida absolutamente necessária para a boa execução dos registros contábeis. Ela consiste na elaboração prévia do completo elenco de todas as contas necessárias aos registros contábeis da empresa, com sua respectiva classificação e codificação.
Não existe um Plano de Contas Oficial no Brasil e a legislação que existe está bastante desatualizada em face da modernidade contábil.(SÁ, 1994, p.56)
Contribui o autor dizendo que para obter-se uma perfeita noção do que seja um Plano de Contas e bem conhecer sua técnica ou forma de elaboração, é preciso que primeiramente se tenha um sólido conceito de conta. Não basta, portanto, partir-se de um padrão ou copiar aproximadamente outro plano conhecido. O importante é entender, na essência, o problema, porque assim se pode resolver com um bom padrão técnico qualquer dificuldade. Portanto, o ponto de partida é ter uma noção sólida de conta. Assim, modernamente, o conceito de conta pode ser tomado como:
Expressões qualitativas e quantitativas, estáticas e dinâmicas, de fatos patrimoniais da mesma natureza, ocorridos ou por ocorrer, em uma empresa ou em uma entidade.(SÁ 1994 p.56)
Aprofunda seus conhecimentos quando discorre que as contas devem sempre evidenciar as relações entre fatos porque elas são sempre examinadas e estudadas em função de outros acontecimentos, especialmente no processo das partidas dobradas, onde se tem preocupação de elucidar os fatos através de suas Causas e Efeitos. Exemplifica o pagamento de uma nota fiscal de compra de mercadoria que produz um fato ou fenômeno patrimonial que se aplica em Causa e Efeito:
Causa (o que possibilitou o acontecimento, ou seja, a origem): o Dinheiro que a empresa possuía em seus cofres;
Efeito (o que resultou da operação, ou ainda, a conseqüência do fato): a compra, ou estocagem de mercadorias.
Em um plano de contas o elenco é a relação dos títulos das contas, costuma-se denominá-las também de “Quadro de Contas”.
A boa organização do plano facilita grandemente a utilização das contas, porquanto na classificação geral cada conta é identificada por um código que distingue das demais.
Optamos em escolher os códigos numéricos obedecendo ao critério decimal, indicando os grupos de contas e suas subdivisões.
Assim as contas do ativo receberam o prefixo I e as do passivo o prefixo II, significando que toda vez que encontramos uma conta cujo número se inicie por 1 sabemos que refere-se a conta do ativo; quando iniciado pelo número 2, trata-se de conta do passivo.
Atentamos então na elaboração de um resumo quanto à classificação das contas focalizando os grupos e subgrupos patrimoniais, seguindo-se as contas e subcontas:
I – ATIVO
1.1 – ATIVO CIRCULANTE
1.2 – ATIVO PERMANENTE
II – PASSIVO
2.1 – PASSIVO CIRCULANTE
2.2 – PATRIMÔNIO LÍQUIDO
III – SISTEMAS DE RESULTADOS
3.1 – CONTAS DE RESULTADOS CREDORAS
3.2 – (-) CONTAS DE RESULTADOS DEVEDORAS
A disposição da codificação do Plano de Contas inicia-se com a unidade 1 para todas as contas do Ativo; com a unidade 2 para todas a contas do Passivo; com a unidade 3 para todas as contas de Resultados.
Em seguida adiciona-se um segundo número que representará o grupo de contas do Ativo, do Passivo e assim por diante. Desse modo observa-se o código 1.1, tem-se o Ativo Circulante (o primeiro 1 é o Ativo, o segundo 1 é Circulante).
O terceiro dígito que forma dezena 02 Bancos, significa a conta do grupo, podendo ainda se codificar o quarto dígito com a unidade 1, 2, 3, etc referindo-se as subcontas, assim a leitura conforme espelha o plano de contas tem a sua interpretação: 1.1.02.1 – Banco do Brasil.
Visando um melhor entendimento quanto às nomenclaturas e os códigos alfa numérico, enfocamos a seguir, o seguinte esquema.
Ativo Ativo Circulante Bancos Banco Brasil 1.1.02.1




A função e o funcionamento das contas objetivam homogeneizar o sistema de escrituração, classificação dos documentos, tratamento dos atos e fatos de natureza administrativa.
O funcionamento como um desenvolvimento de uma conta face ao processo de debitar e creditar; parte de um plano de contas que explica como a conta se relaciona com as demais e quando normalmente recebe débitos e créditos; assim como se abre, movimenta e encerra; explicação das relações de uma conta. (SÁ 1995, p.226).
Para utilização correta, cada conta deve ser definida de forma objetiva e completa enfatizando-se sua natureza, seu objeto e as condições de sua movimentação.
E possível enfocar diversas funções de contas, mas selecionamos apenas duas contas, as quais evidencia a preocupação do autor de detalhar as suas respectivas funções:
• 1127 Almoxarifado – Conta devedora. Debitada pela entrada de material destinado a industria (matérias-primas, lubrificantes, combustíveis, acessórios de máquinas e ferramentas, peças de substituição), ao valor faturado, correspondente à soma da coluna valor contábil do Registro de Entradas, e pelas sobras de estoque. Creditada, pelos créditos de ICMS e de IPI faturados, correspondentes às respectivas colunas de Registro de Entradas; pelas saídas e pelas quebras de estoque. As saídas serão registradas ao custo médio ponderado e o saldo da conta, mantida em inventário, deverá corresponder ao valor do estoque remanescente.
• 4211 Vendas – Conta credora, destinada a registrar o produto bruto das vendas. Creditada pelo valor das vendas; debitada, no fim do exercício, pela transferência do saldo para conta de apuração, 4400 – Lucros e Perdas. (CHEVITARESE 1988, p.208)
Verificamos que (FRANCO 1980, p.79), não se importou em detalhar conta por conta, apenas descreveu as funções por grupo de contas patrimoniais e de resultados, as quais pinçamos apenas duas:
• 111 Disponível – Este grupo compreende as contas representativas de valores numéricos, disponíveis em caixa ou em contas de movimento nos bancos, para livre, franca e imediata utilização; sendo debitada pelo valores de entrada de numerário, creditadas pelas saídas de numerário.
• 311 Vendas – As contas de vendas, creditadas pelas mercadorias vendidas, a débito de caixa, se a vista, e de Contas a Receber de Clientes se a prazo.
Nessa última, o autor além de dissertar sobre o seu funcionamento, demonstrou também a partida e a contra-partida, caracterizando dessa maneira que não existe padronização quando se querem aplicar as funções das contas, ficando notório que o estabelecimento dessa atividade e de cunho pessoal, ou seja: do contador.
Portanto, a descrição das funções das contas é parte integrante do Plano de Contas, pois tal plano não é apenas o elenco das contas, mas também explicação das funções das contas, da ligação das contas, das fórmulas de lançamentos, das fórmulas de apuração dos resultados, assim, a função de uma conta tem a finalidade de explicar a razão por que a conta existe, para que serve, onde se aplica, como se trabalha com ela.
Buscamos na literatura estrangeira a obra de (ARANA 1971, p.316) intitulada Contabilidade da Empresa, que expressa sua opinião quanto às funções das contas, sendo explicitada apenas aquelas que necessitam de maiores atenções, as quais elencamos apenas duas contas:
• 903 Existencia inicial refleja – Se abona, al comienzo de cada período, por el importe de todas las existencias de materias en transformación o trabajos em curso y productos acabados, con cargo a la cuenta de “Inventário permanete” 94.
• 906 Gastos y dotaciones reflejos – Se abona por el importe de las cargas (esto es de aquellas que constituyen el objeto de classe 6 “Gastos por natureza”, com excepción de las compras), con cargo a la cuenta de “Secciones”(92), por las cargar indirectas.²

Em capítulo pertinente a Plano de Contas, a maioria dos autores além de abordar o aspecto técnico de sua elaboração também inclui as funções das contas, por exemplo, (COLLI 1996, p.147-198), demonstrou o funcionamento das contas, no entanto se absteve em discriminar a existência do débito e crédito, desta forma, estamos apresentando apenas duas contas a seguir:
o 1.1.10.00-6 Caixa – Ativo Circulante – Disponibilidades – Contabilizada a movimentação de numerário e moeda corrente nacional;
o 6.1.50.00-9 Capital – Patrimônio Líquido – Contabiliza o capital social da instituição, pela subscrição inicial, elevações, reduções, fusões, cisões, transformações e reembolso definitivo das ações em tesouraria;
o 6.1.50.01-8 Reserva Legal – Patrimônio Líquido – Contabiliza o valor da constituição da reserva legal,o lucro líquido do exercício,
o 7.2.40.02-9 Fornecedores – Passivo Circulante – Contabiliza as compras a prazo.
o 7.2.41.03-7 Impostos Federais a Recolher – Contabiliza os impostos retidos provenientes das tributações na fonte.
A luz dos conceitos descritos nos tópicos anteriores tecemos nossas entendimentos quanto à descrição das funções das contas, como sendo parte integrante do Plano de Contas, pois tais planos não são apenas elenco ou discriminação das contas, mas também a explicação das funções das contas, da ligação das contas, das execução das fórmulas de lançamentos(sendo que tais registros serão evidenciados quando nos referirmos ao assunto pertinentes aos digrafogramas). Portanto a função de uma conta tem a finalidade de explicar a razão por que a conta existe, para que serve, onde se aplica, como se trabalha com ela, como passa pelas fases de abertura, desenvolvimento e encerramento.
As contas devem ter funções certas, exatas, concretas, pois do contrário à escrituração não é técnica, portanto, é uma peça imprescindível (SA 1994, p.56-61).
O funcionamento das contas estabelece a relação da conta com as demais outras e evidencia como se comporta diante de seu objeto.
Demonstra como se debita a conta, como se credita, qual a natureza de seu saldo, quais as outras contas que normalmente com ela estabelecem contato (SA 1994, p.25-26).
A teoria do débito e do crédito não tem merecido um estudo mais profundo, tendo sido observado apenas superficialmente. Na técnica do registro o Débito fica sempre nas colunas do lado esquerdo enquanto que o Crédito fica nas do lado direito (SA 1995, p.141).
São normalmente debitadas as contas que representam bens patrimoniais, às despesas e os créditos da empresa com terceiros, assim como as eliminações de débitos com terceiros resultando em saldo devedor, sendo então aquilo que se deve, o que está caracterizado como débito (SA 1995, p.141).
O crédito registra-se sempre, convencionalmente depois do débito, representa a causa do fenômeno patrimonial, resultando em saldo credor – aquele que tem direito a alguma coisa; valor que representa a origem de outro (valor credor). A maior parte dos doutrinadores evita definir o crédito. Em escrita contábil vem sempre antecedido da preposição “a” admitem os historiadores que os conceitos contábeis de Débito e Crédito provêm do entendimento humano sobre “o que é meu” e “o que é seu” (SA 1995, p.116-117),vejamos no exemplo a seguir:

Funcionamento da Conta: CLIENTES

Esta conta é debitada pelas faturas ou notas de vendas feitas a clientes da empresa; é creditada, quando o cliente é DEVEDOR, integrando o sistema de aplicações da empresa. Relaciona-se em seu DÉBITO com as contas de VENDAS e similares.
Relacionam-se em seu crédito com as contas de CAIXA, BANCOS e DEVOLUÇÕES.
A par de tais explicações, podemos inserir que o desenvolvimento de uma conta tem relação a um sistema de contas, devido ao comportamento da conta em debitar e creditar.
Função e Funcionamento das contas parte de um Plano de Contas, que explica também como se relaciona com as demais e quando normalmente recebe débitos e créditos, assim como se abre, movimento e encerra. Neste contexto, Plano de Contas, Função das Contas e Funcionamento da Contas formam um sistema que podemos denominá-lo de Planificação Contábil, finalizando com a inclusão dos digrafogramas.
Antes de iniciarmos o desenvolvimento do funcionamento das contas, torna-se necessário elucidarmos as expressões “DEVEDOR e CREDOR”, que buscamos no item relativo a Teoria Personalista.
Teoria Personalista se difunde pela corrente do pensamento contábil que adota como teoria fundamental à personificação das contas. Personifica-se pelo ato de considerar as contas como se fossem pessoas para poder explicar as suas relações e o seu aparecimento, desenvolvimento e extinção. A teoria personalista faz uma personificação das contas admitindo-as como: Contas do Proprietário, Contas do Agentes-Consignatários e Contas dos Correspondentes (SA 1995, p.355).
A configuração da existência imaginária da figura humana, que representa cada conta, nesta linha de raciocionio, Iudícibus e Marion (2000, p.235) acrescentam “onde há deve e haver, é claro que há uma pessoa que deve a outra que tem haver” donde o princípio: “cada conta é aberta a uma pessoa, ou a uma personalidade da qual representa os direitos e obrigações”. Dando prosseguimento, enfocam o princípio de “DÉBITO” E “CRÉDITO”, fundamentando da seguinte maneira:
a) Direito é débito
b) Obrigação é crédito
c) Diminuição do direito é crédito
d) Diminuição de obrigação é débito


Dando ênfase a tais conceitos, nosso entendimento é demonstrado na suposição de que ao abrir uma conta bancária por uma pessoa (física ou jurídica), imediatamente é feita uma operação de depósito em dinheiro no valor de R$ 100,00 daí então o Banco procede ao registro contábil utilizando a escrituração em forma de diário.

Livro Diário
Caixa
a Depósito à Vista Pessoa Física.........R$ 100,00

Neste evento, a conta caixa foi debitada pelo valor correspondente do depósito, automaticamente o seu saldo é devedor. Substituindo o caixa por uma figura imaginária (indivíduo) analogicamente podemos então interpretar que o caixa tem sobre sua guarda o numerário entregue, portanto, torna-se um mero agente consignatário, daí a teoria personalista explica de forma categórica que o caixa é devedor, pelo fato de que ele tem a posse do dinheiro e não tem a propriedade.
O que justifica o crédito, ainda nesse exemplo, o correntista é o credor do banco, e pela teoria personalista tal credor configura-se com correspondente passivo, ou seja: tem haver com o banco seu depositário fiel.
Portanto, a teoria personalista vincula a conta a “pessoa” responsável pelos atos e fatos administrativos da entidade e que se relacionam com três classes de pessoas com responsabilidade e atribuições diferentes, sendo elas (Cripaldi 1995, p.68):
1. O proprietário – pessoa que entregou ao administrador o capital e que, por isso, tem direito sobre aquela parcela e suas variações. As contas do proprietário compreendem o Patrimônio Líquido inicial e suas alterações, como receitas e despesas. Exemplos: capital, reservas, lucros, ordenados, aluguéis, receitas diversas etc.
2. Os agentes consignatários – pessoas encarregadas pelo administrador de guardar os bens existentes (corpóreos) no Patrimônio. Essas pessoas possuem responsabilidades perante o administrador pelos valores que lhe foram entregues. A cada espécie desses bens corresponde uma conta. Exemplos: caixa, móveis, imóveis, mercadorias etc.

3. Os correspondentes – pessoas que mantêm relações jurídicas com o administrador. Estas relações que representam transações feitas com a empresa podem ser de Ativo, quando representam direitos, ou Passivos, quando representam obrigações. Exemplos: Duplicatas a Receber, Clientes, Fornecedores, Duplicatas a Pagar etc.

A próxima teoria a ser abordada é a Teoria Matemática, na qual Pietra evidencia a teoria a prática das variações diferenciais, dando, com isso, nova base para uma formação da filosofia da contabilidade, e melhor compreensão do patrimônio estático e dinâmico. Esse processo também serviu de fundamento para a posterior criação da Escola Contábil Matemática, evidenciada e chefiada por Rossi (1921, p.61) que estabeleceu a equação que segue:

A - P = N

Neste contexto Iudícibus e Marion (2000, p.236) colaboram dizendo que qualquer que seja o conceito de conta, em seu significado concreto, é sempre o de uma entidade matemática, isto é, uma grandeza pondo em evidência o valor de uma coisa e as variações nele havidas.
Ainda, pela teoria matemática, débito é quantidade positiva, e crédito, negativa, em relação a cada elemento ativo, e vice-versa em relação a cada passivo.
A diminuição do débito se opera mediante a adição do crédito, que é negativo daquele, e a diminuição de crédito opera por adição ao débito.
Dissemos que esta teoria admite a substituição de débito e crédito pelos sinais (+) e (-), transformando-se a função em puras operações aritméticas de adição e subtração. A substituição teria fundamento lógico, mas poderia ferir um convencionalismo de uso multissecular.
Desta forma, entendemos que, essa teoria é regida pelo princípio doutrinário da escola matemática ou estatística que pretende libertar a Contabilidade de qualquer dependência nos usos das expressões: Débito e o Crédito.
Finalmente, fazemos menção à Teoria Patrimonialista, que agrega o patrimônio no sentido de objeto e controle, motivo pelo qual obedece a duas classificações, sendo elas: (a) contas patrimoniais (caixa, bancos, salários a pagar etc.) e (b) as contas de resultado, por representar a situação líquida inicial e suas alterações, refletidas no resultado em forma de lucro ou prejuízo (despesas de salários, receitas vendas etc.).
Voltando a Iudícibus e Marion (2000, p.238), os mesmos salientam que historicamente, consciente ou inconsciente, a Contabilidade tem sido aplicada aos patrimônios. De qualquer modo, a riqueza individualizada é objeto essencial da disciplina. Repetem então que mantêm as designações “débito” e “crédito”, unicamente como respeito à tradição. A rigor, nesta teoria, “débito” deve ser substituído pela indicação positiva (+) e “crédito” pela negativa (-), com a escolha da equação algébrica, sua aplicação passa a ser a seguinte:

a) Quando se cria ou aumenta um valor ativo, o fato é positivo para o patrimônio  há um “débito”; quando se diminui, o fato é negativo  há um “crédito”;
b) Quando se cria ou aumenta um valor passivo, o fato é positivo  há um “crédito”; quando diminui, o fato é negativo  há um “débito”;
c) Quando se enriquece o patrimônio, o fato é positivo  há um “crédito”; quando se empobrece, o fato é negativo  há um débito.

O entendimento dos conceitos nos leva a admitir que as contas de saldos devedores genericamente representam os Bens e os Direitos do Patrimônio da empresa, citando uma delas - a conta Caixa, o seu saldo revela a existência de numerário em poder de alguém (figura humana - o caixa), tendo este a posse do dinheiro ou a responsabilidade de sua guarda, se tornado um mero agente-consignatário não caracterizando, por conseguinte a sua propriedade. Analogicamente podemos admitir que o caixa deve a alguém, também visto este alguém na figura humana do proprietário que lhe depositou a confiança.
Quanto ao saldo CREDOR, sua observância pode ser identificada nas contas representativas dos Correspondentes Passivos e das contas dos Proprietários, fato este que simboliza aquele que tem direito a alguma coisa; valor que representa a origem do recurso decorrente dos haveres monetários cedidos por terceiros e pelos proprietários.
Para implantação da Planificação Contábil, o processo tem início no Plano de Contas, complementando-se com as Funções e os Funcionamentos. Para conclusão do plano, o digrafograma, torna-se a peça mais importante do sistema, pelo fato do mesmo facilitar o aprendizado da contabilidade com os registros de dupla entrada, quando for necessário, além de permitir a racionalização da contabilização dos eventos também expressos nas rotinas operacionais. Sua visualização é imediata pela disposição dos elementos gráficos representados por simbologias para definir a conta a ser debita e a conta a ser creditada.
Eles são recursos visuais que aborda de imediato a escrituração, sem a finalidade de substituir os exercícios de registro nos livros cronológicos e sistemáticos, mas apenas a de facilitar a compreensão do funcionamento das contas (SÁ 1995, p.170). Cita ainda o autor que J. d’Assunção Barros, o predecessor dos modernos foi o quadro de contas em forma de xadrez de Giovanni Rossi, em que todas as contas de um sistema de escrituração são dispostas em linhas (débito) e colunas (crédito), inscrevendo-se uma quantia na quadrícula de interseção da linha da conta debitada com a coluna da conta creditada. É oportuno salientar que não encontramos na literatura contábil o quadro de contas em forma de xadrez de Giovanni Rossi, referenciado por (SA), porém, reunimos os conceitos do autor sobre Digrafograma:(1995, p.169-170).





DIGRAFAR
• Estabelece o registro pelo método das partidas dobradas, ou seja, toda vez que se debita uma conta se credita outra, ou, ainda, escriturar fazendo com que os débitos correspondam sempre aos créditos.


DIGRAFIA
• Método de escrita contábil onde o débito corresponde ao crédito, porque quando se faz um débito a uma ou diversas contas, se faz um crédito a uma ou diversas contas; o mesmo que método de escrituração contábil por partidas dobradas.


DIGRAFOGRAMA
• É um recurso visual para ensino de escrituração, conjugando Digrafar com Digrafia, permitindo uma visão integral de todas as repercussões nos componentes patrimoniais.

É oportuno salientar que CHEVITARESE em sua obra Contabilidade Industrial fundamentou todos os registros contábeis tendo como referência os digrafogramas, desde a criação de uma empresa industrial até a finalização da apuração do resultado e do balanço patrimonial.
Como exemplo citamos a elaboração de uma rotina contábil na operação de compra de mercadoria a prazo, cujo registro se faz automaticamente debitando-se a conta almoxarifado em contrapartida creditando-se à conta fornecedores. Na execução da venda a prazo, debita-se Clientes e credita-se Vendas; imediatamente contabiliza-se a baixa da mercadoria debitando CMV e creditando a conta de mercadorias. Quando do levantamento do balanço as contas de despesas e receitas são transferidas para resultado.


Evidenciamos neste tópico o trabalho de WALTER, em seu livro Plano de Contas, no qual o autor não especifica qualquer registro contábil de forma tradicional, ou seja; sem emprego dos lançamentos em forma de diário, além de não criar registros que contenha o valor correspondente à operação. Tal fato a nosso ver tem caráter inédito, pois, o renomado professor didaticamente contemplou de forma objetiva o emprego dos digrafogramas, em todas as atividades mencionadas, totalizando 25 (vinte e cinco) tarefas operacionais.

Neste contexto, escolhemos como exemplo apenas duas atividades operacionais, sendo as mesmas praticamente rotineiras. A primeira trata-se da execução contábil na elaboração da folha de pagamento, como segue:


No segundo exemplo reportamo-nos a atividade de recebimento, desconto e baixa de duplicata descontada, juros e taxas bancárias, conforme apresentamos abaixo:


Instruímos na presente revisão a obra Contabilidad General, traduzida por Jesus Lobo Aleu (1972, p.125), que cita Dr. G. Goerman (1960) em artigo parecido na revista Azienda Moderna, ilustra um novo método e uma nova técnica dos registros do livro Diário.

“As anotações selecionadas no livro diário, são substituídas mediante a transcrição do débito e do crédito na conta pertinente através de indicações gráficas por meio de símbolos. Assim, elimina-se a possibilidade de erros, facilita os registros, demonstrando os registros de débitos e créditos em colunas, para cada conta em vez do sistema tradicional”,

O exemplo oferecido por ALEU, não levou em consideração a elaboração do digrafograma com uso das simbologias tradicionais que são usadas pelos autores objeto da presente pesquisa, sendo executado integralmente com os respectivos valores e suas movimentações conforme eventos consignados. Entretanto, procuramos fazer uma adaptação seguindo os modelos vivenciados neste tópico.





Em (ARANA 1971, p.309), encontramos o esquema de movimento das principais contas segundo o plano francês de 1957, denominado de Juego Principal de Las Cuentas (Resumen general de los movimientos más destacados):


1. CAPITAL

(1.1) Subscrição
Acionistas a Capital

Desembolso
Caixa ou Bancos a Acionistas


2. VALORES IMOBILIZADOS

(2.1) Aquisição
Imobilizado a Contas a Pagar



3. MATERIAL

(3.1) Aquisição
Compras a Contas a Pagar

(3.2) Pagamento
Contas a Pagar a Caixa ou Bancos


4. GASTOS

(4.1) Gastos a Caixa ou Bancos


5. VENDAS

(5.1) Faturamento
Clientes a Vendas

(5.2) Cobrança
Caixa ou Bancos a Clientes



6. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

(6.1) Imputados nos produtos a resultados
Produtos a Resultados
(Vendas e outros)

(6.2) Imputados nas despesas a resultados
Resultados a Despesas

(6.3) Diferença de estoques (existências) a resultados
Diferença de estoques a Resultados
(podem ser positivo ou negativo as diferenças nos saldos dos estoques)

(6.4) Transportando para os resultados das contas de Lucros e Perdas
Resultados a Lucros e Perdas
(ou vice-versa segundo as perdas ou ganhos no período considerado).




Os registros consignados acima estão em forma de escrituração tradicional do livro diário, refletidos nos digrafogramas mostrados abaixo:













Neste artigo nos apoiamos no uso do Digrafograma, pois sua elaboração é feita através de símbolos, o que permite uma visão integral de todos os eventos de natureza contábil. Assim focamos o sentido visual que substitui genericamente o uso da linguagem escrita como meio de expressão.
Neste item vamos elaborar um exercício mesclado por diversos autores, tomando como referência o estudo da Contabilidade Introdutória, com os seus registros contábeis passo a passo, sendo apresentado por meio de Digrafogramas.




Em 10/01/x1 – Constituição da empresa comercial Pense Bem S/A - $ 1.000;


Em 15/01/x1 – Compra a vista um veículo - $ 200;



Em 18/01/x1 – Compra de Mercadorias a prazo - $ 1.600;



Em 20/01/x1 – Baixa referente a 50% do estoque para venda $ 800;



Em 20/01/x1 – Venda da mercadoria a prazo - $ 1.200;



Em 22/01/x1 – Pagamento de salários e alugueis - $ 300;



Em 28/01/x1 – Cobrança dos Clientes equivalente a 50% - $ 600;



Em 30/01/x1 – Pagamento aos Fornecedores equivalente a 60% - $ 800.


Para uma melhor visualização das rotinas empregadas no exercício acima, apresentamos a sua respectiva consolidação, a seguir:




E importante salientar que no evento 4 do digrafograma consolidado a rotina contábil, foi feita aplicando-se o registro da 4ª. Fórmula (Vários débitos e Vários Créditos), que visa racionalizar os lançamentos, evitando que a contabilidade seja sempre regida pela fórmula simples (1 débito e 1 crédito).
Com o mesmo exercício apresentado no item anterior, vamos fazer uma comparação com a metodologia tradicional, que vem sendo repetitiva ao longo dos anos, comprovadas na revisão bibliográfica, em que os autores expõem o mesmo modelo, usando nomenclaturas diferenciadas e com os mesmos receituários didáticos repetitivos:
a) Estática Contábil (FEA/USP);
b) Fotografia do Balanço (MOTT);
c) Equação Básica da Contabilidade (PERES JR.);
d) Mecanismo Contábil do Resultado (GUIMARÃES);
e) Estática Contabilistica (DUMARCHEY);
f) O Balanço – A Natureza (ANTONY);
g) Recording The Efect of Transactions (BERNEY);
h) Equação Básica da Contabilidade (GOUVEIA);
i) Conceito de Conta, Abertura, Movimentação (FRANCO);
j) Representação Gráfica dos Estados Patrimoniais (GONÇALVES);
k) Ativo e Passivo (CREPALDI);
l) Equação do Patrimônio Ampliada (IUDÍCIBUS);
m) Estática Patrimonial – O Balanço (ALMEIDA).
Escolhemos o modelo chamado Fotografia do Balanço (Mott), dado que o desenvolvimento do exercício é sem dúvida o retrato passo a passo de cada evento contábil, além do que, vamos mencionar de forma sucinta no sentido de recapitularmos as teorias enfocadas nesta dissertação, para que no estudo comparativo das metodologias, os alunos possam compreender objetivamente a composição dos digrafogramas, com aplicação das seguintes teorias: Patrimonial, Método das Partidas Dobradas, Matemática e a Personalista, conforme dispomos a seguir:
a) Representação gráfica do Patrimônio – O Estudo da Contabilidade Introdutória se inicia com a representação gráfica do Patrimônio, que tem origem na revolucionária Escola Contábil Americana e que hoje predomina nas faculdades brasileiras, pois que, sem dúvida, desperta maior interesse dos estudantes de Contabilidade em aprender, partindo dos lançamentos contábeis e concluindo com os relatórios de natureza contábil, no qual se aplica de forma generalizada a equação contábil, que algebricamente torna-se simples, no sentido de se obter a situação do patrimônio, bastando, para tanto, subtrair do Ativo (bens e direitos) as dívidas da empresa, ou seja, o Passivo.
A partir dessa equação donde Ativo (A) menos Passivo (P) é igual ao Patrimônio Líquido, podemos enfocar praticamente voz corrente na literatura contábil, o método do ensino empregado, assim temos:


b) Teoria Matemática – Dando uma nova base para formação da filosofia da contabilidade a qual Pietra evidencia a teoria a prática das variações diferenciais, melhorando a visão do patrimônio estático e dinâmico, sendo tal processo que serviu de fundamento para a posterior criação da Escola Contábil Matemática, evidenciada e chefiada por Rossi (1921, p.61) que estabeleceu a seguinte equação:
A – P = N
Para que a equação pudesse fundamentar a tese, sendo lida: A (Ativo) menos P (Passivo) igual a N (nada), simplesmente foi substituida a resposta N por P (Passivo). Sendo então interpretada da seguinte forma:
A = P (Ativo igual ao Passivo)
Quando juntamos o método das partidas dobradas representada pelo binômio debito (D) versus crédito (C), podemos então compor o Ativo e o Passivo, assim:
D(+) C(-) = A
D(-) C(+) = P
Interpretamos que quando transferimos D+ do Ativo para o Passivo, na equação obrigatoriamente o D passa para D-, da mesma maneira podemos assim considerar o membro C.
A rigor nesta teoria designamos os termos da equação com sua aplicação que passa a ser a seguinte:
• Quando se cria ou aumenta um valor no Ativo, o fato é positivo para o patrimônio, há um “débito”, quando se diminui, o fato é negativo, há um “crédito”;
• Quando se cria ou aumenta um valor Passivo, o fato é positivo, há um “crédito”, quando diminui, o fato é negativo, há um “débito”;
• Quando se enriquece o patrimônio, o fato é positivo, há um “crédito”, quando se empobrece, o fato é negativo, há um “débito”.
Neste contexto qualquer que seja o conceito de conta, em seu significado concreto, é sempre o de uma entidade matemática, isto é, uma grandeza pondo em evidência o valor de uma coisa e as variações nele havidas (MARION, 2000, p.236).
Ainda pela teoria matemática, débito é quantidade positiva, e crédito negativo em relação a cada componente Ativo, e com relação ao Passivo, crédito é quantidade positiva e débito negativo. Dissemos que esta teoria admite a substituição de débito e crédito pelos sinais (+) e (-), transformando-se a função em puras operações aritméticas de adição e subtração. A substituição teria fundamento lógico, mas poderia ferir um convencionalismo de uso multissecular.
Desta forma, entendemos que essa teoria é regida pelo princípio doutrinário da escola matemática ou estatística que pretende libertar a Contabilidade de qualquer dependência nos usos das expressões: Débito e Crédito.
c) Teoria Personalista – Onde se configura a existência imaginária da figura humana representando cada conta, isto é: a conta é aberta a uma pessoa, ou a uma personalidade da qual representa os bens, direitos e obrigações, as quais enfocam o princípio de “débito” e “crédito”, fundamentando da seguinte maneira: (IUDÍCIBUS 2000, p.235)
• Bens é débito;
• Direito é débito;
• Obrigação é crédito;
• Diminuição dos bens é crédito;
• Diminuição dos Direitos é crédito;
• Diminuição das Obrigações é débito.

Portanto, a teoria personalista vincula as contas a “pessoas” responsáveis pelos atos e fatos da entidade, configuradas com as três classes de pessoas: (CREPALDI 1995 p.68),

1. O Proprietário – pessoa que entregou ao administrador o capital e demais atribuições, compreendendo as contas do Patrimônio Líquido;

2. Os Agentes Consignatários – pessoas encarregadas pelo administrador de guardar os bens existentes no patrimônio, exemplo: dinheiro, mercadorias, imóveis, moveis e utensílios etc;


3. Os correspondentes – pessoas que mantém relações jurídicas com o administrador, que podem ser representadas pelos ativos “direitos” e passivo “obrigações com terceiros”.


Congregando as teorias citadas neste item, foi possível criarmos um modelo simplificador para que os alunos pudessem aliar a teoria versus prática, e com isso eliminando a aplicação mecânica que possam ser cometidas pela influência do método tradicional, vejamos:



O método simplificado que expomos acima é o arcabouço dos registros contábeis do estudo inicial de Contabilidade Introdutória, sempre utilizada na literatura contábil, e que nos permitiu adicionar, as abreviaturas D e C, além dos símbolos aritméticos (+) e (-), que passamos empregar o raciocínio contábil nos seguintes exemplos:
• Constituição da empresa em dinheiro – R$ 1.000:
(+) Ativo (Bens) R$ Débito.............Caixa 1.000
(+) Passivo (Obrig.Próprias) Crédito............Capital 1.000
Fundamentado na equação A = P; e o caixa sendo debitado o seu saldo é devedor – figura imaginária “o caixa deve a quem: aos acionistas” e os proprietários tem “a haver, sendo seus credores”

• Compra de mercadorias a vista – R$ 2.000:
(+) Ativo (Bens) Débito.............Mercadorias 2.000
(-) Ativo (Bens) R$ Crédito............Caixa 2.000
Fundamentados na equação A = P; débito a conta de mercadorias sendo o seu saldo devedor – figura imaginária “o almoxarife deve a quem: aos acionistas”, e sendo creditada conta caixa – figura imaginária “o caixa tem haver”.
Então o Ativo ao mesmo tempo aumenta e diminui, cuja equação assim é demonstrada:
D (+) C (-) = A
(+)2.000 (-)2.000 = Zero.


Utilizando o mesmo exercício citado no item anterior, partimos então para a comparação do modelo tradicional com os digrafogramas:
10/01/x1 – Constituição da empresa comercial Pense Bem S/A – R$ 1.000;
15/01/x1 – Compra a vista de um veículo - R$ 200;
18/01/x1 – Compra de mercadorias a prazo – R$ 1.600;
20/01/x1 – Baixa referente a 50% do estoque para venda – R$ 800;
20/01/x1 – Venda de mercadorias a prazo – R$ 1.200;
22/01/x1 – Pagamento de salários e alugueis – R$ 300;
28/01/x1 – Cobrança dos Clientes equivalente a 50% - R$ 600;
30/01/x1 – Pagamento aos Fornecedores equivalente a 60% - R$ 800.

Inicialmente vamos desenvolver o exercício baseado no método tradicional explorado por Mott, sendo denominado pelo autor como a fotografia do balanço.
• Constituição da empresa comercial Pense Bem S/A – R$ 1.000

• Compra a vista de um veículo – R$ 200

• Compra de mercadorias a prazo – R$ 1.600



• Baixa referente a 50% do estoque para venda – R$ 800


• Venda de mercadorias a prazo – R$ 1.200


• Pagamento de salários e alugueis – R$ 300


• Cobrança dos Clientes equivalente a 50% - R$ 600




• Pagamento aos Fornecedores equivalente a 60% - R$ 800


Pelo o que observamos, o método tradicional não contempla as teorias para embasamento do estudo, que a nosso ver o modelo apenas retrata os eventos passo a passo, estando mais próxima da teoria patrimonial, abordando a configuração de bens, direitos, alem do que nada foi dito em relação ao aprofundamento dos registros ligadas as despesas e as receitas, tornando o ensinamento de forma mecânica.
O modelo dos digrafogramas objeto da presente dissertação atrai de forma clara e objetiva o conjunto das teorias: Patrimonial, Resultado, Matemática, Método das Partidas Dobradas e Personalista. Contudo, preferimos mostrar o digrafograma consolidado, uma vez que sendo apresentado isoladamente por evento, o mesmo retrata apenas o método das partidas dobradas, conforme apresentamos:



No evento 1:
Teoria Patrimonial: Ativo ( Bens, e Obrigações);
Teoria Matemática: aumento do ativo e aumento do passivo (A = P);
Partidas Dobradas: aumento do ativo debita-se, aumento do passivo credita-se;
Personalista: caixa é debitado, resultando no saldo devedor – figura imaginária “o caixa deve a quem: aos acionistas”; a conta Capital é creditada aumento das origens de recursos, proprietários tem a Haver;

No evento 2:
Teoria Patrimonial: Ativo (Bens);
Teoria Matemática: aumento do ativo e diminuição do ativo (+) (-) = A;
Partidas Dobradas: aumento do ativo debita-se, diminuição do ativo credita-se;
Personalista: redução do caixa – figura imaginária “o caixa tem a haver”; aumento do ativo em mercadorias, resultando no saldo devedor – figura imaginária “o almoxarife deve a quem: aos acionistas”;

No evento 3:
Teoria Patrimonial: Bens e Obrigações;
Teoria Matemática: aumento do ativo e aumento do passivo (A=P);
Partidas Dobradas: aumento do ativo debita-se, aumento do passivo credita-se;
Personalista: caixa é debitado, resultando no saldo devedor – figura imaginária “o caixa” deve a quem: aos acionistas; a conta Fornecedores é credita pela origens dos recursos – figura imaginária “o fornecedor tem a haver”.

No evento 4:
Teoria Patrimonial: Bens;
Teoria da Confrontação do Resultado: despesas e receitas;
Teoria Matemática: aumento de ativo, diminuição do ativo, aumento das despesas e aumento das receitas;
Partidas Dobradas: aumento do ativo debita-se, diminuição do ativo credita-se, aumento das despesas debita-se (baixa do bem, perda de ativo), aumento da receita credita-se (aumento do patrimônio líquido);
Personalista: Custo de Mercadorias Vendidas (Despesa) é debitada pelo aumento, mercadorias é creditada pela baixa do bem, Clientes é debitado pelo aumento dos direitos e vendas é credita pelo aumento da receita.
Obs. Neste evento verifica-se que houve uma racionalização dos registros contábeis, evitando-se o uso apenas da fórmula simples (1 débito e 1 crédito), pois foi efetuado o registro de fórmula composta (vários débitos e vários créditos).


No evento 5 e 6:
Teoria Patrimonial: Bens;
Teoria da Confrontação do Resultado: despesas;
Teoria Matemática: aumento das despesas, diminuição do ativo;
Partidas Dobradas: aumento das despesas debita-se, diminuição do ativo credita-se;
Personalista: despesa é debita pelo aumento – figura imaginária “o responsável pelo pagamento deve a quem: aos acionistas” e a conta caixa é credita “o caixa tem a haver”.

Evento 7:
Teoria Patrimonial: Ativo (Bens e Direitos)
Teoria Matemática: aumento do ativo e diminuição do ativo (+) (-) = A;
Partidas Dobradas: aumento do ativo debita-se, diminuição do ativo credita-se;
Personalista: aumento do caixa – figura imaginária “o caixa deve a quem: aos acionistas; e diminuição da conta clientes – figura imaginária “o cobrador tem a haver”;

Evento 8:
Teoria Patrimonial: Ativo (Bens), Passivo (Obrigações c/Terceiros);
Teoria Matemática: diminuição do ativo e diminuição do passivo (A=P);
Partidas Dobradas: credita-se pela diminuição dos bens na conta caixa e debita-se pela diminuição das dívidas com terceiros fornecedores;
Personalista: caixa é creditado – figura imaginária “o caixa tem a haver”, o fornecedor é debitado – figura imaginária “diminui as dívidas com terceiros”.

O estudo se torna mais atraente quando trazemos o modelo Simulação Patrimonial, base do estudo apresentado por DINOÁ em sua dissertação que focaliza a dinâmica do estudo básico da contabilidade com vantagens de fazer simulações e projetar cenários, sem a necessidade de refazer todos os registros, a não ser aqueles que possam ser modificados pelo aumento ou diminuição dos valores provocados por novos exemplos.
Contemplados os exercícios em ambas metodologias, podemos ver com clareza que o tradicional espelha o desenvolvimento do exercício, foto a foto, ratificando assim o que Mott menciona quando se refere aos quadros, os quais reflete fotografias de um dado momento. Este então é um dos motivos que tecemos nossa crítica construtiva e que nos fez elaborar esta dissertação. Já com a apresentação do modelo proposto em uma única planilha, depreendem-se todas as operações, como se fosse uma película cinematográfica. (DINOÁ, 2002, p.55)





Nosso tempo de resposta foi amplamente satisfatório dado que amparado na revisão bibliográfica, cuja linha mestra foi o emprego do Digrafograma, no ensino da Contabilidade Introdutória em nível de graduação, estendendo-se também com exemplos numéricos para uso da simulação patrimonial, efetuamos vários exercícios com o uso desta técnica, no ensino da contabilidade aplicados no universo de 70 alunos da turma 111 do curso de graduação de Ciências Contábeis da Faculdade Moraes Junior relativo aos períodos 1º e 2º, do ano 2004.
Finalmente concluímos o presente artigo, recomendando que o estudo sobre as vantagens de implementação de digrafogramas na Contabilidade Introdutória, seja estendido aos pesquisadores, estudantes que tenham interesse em conhecer com mas nitidez os registros contábeis, pela facilidade do entendimento particularizado da função e funcionamento de cada conta com reflexo imediato na operação a ser contabilizada; além de induzir o estudante e ao profissional compreender de maneira absoluta a técnica na execução do digrafograma, podendo colaborar na construção do conhecimento e na formação de mentes criativas e inovadoras, agregando instrumento alternativo ao estudo tradicional para a produção científica;

O Digrafograma é um recurso visual que pode ser usado através de planilhas e computadores, praticados em sala de aula e empresas, todavia, recomendamos que as pesquisas sobre tal recurso sejam abrangidas em demais Universidades, em mais turmas de graduação da disciplina Contabilidade Introdutória, tendo em vista que o universo da pesquisa foi restrita apenas a Faculdade Moraes Junior.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Palestra Gratuita - Finanças Pessoais

O principal objetivo desta palestra é fazer com que o participante tenha um conhecimento efetivo das suas receitas e despesas mensais. De posse desta informação básica, poderá gerenciar melhor sua situação econômica equilibrando os gastos, economizando para sair da inadimplência ou mesmo fazendo investimentos para realizar algum sonho. Aborda, portanto, temas que envolvem valores pessoais e mudanças de hábito.



Palestrante: Prof.Luiz Ozório


Doutorando em Finanças e Análise de Investimentos pela PUC-Rio; Mestre em Engenharia de Produção com ênfase na Análise de Projetos Industriais e Tecnológicos pela COPPE/UFRJ, MBA Executivo em Finanças e Marketing pelo Ibmec (Prêmio de Excelência Acadêmica), Bacharel em Administração de Empresas. Coordenador Acadêmico da Agora Educacional. Professor Titular das Disciplinas Gestão Financeira de Empresas e Avaliação de Investimentos nos Programas de MBA do Ibmec. Ex-Coordenador dos Programas Executivos e Corporativos do Ibmec/RJ. Consultor do Banco Mundial no Estudo de Análise de Fontes de Financiamento para Eficiência Energética no Brasil. Atuou em projetos de treinamento e consultoria em renomadas empresas como Petrobras, Vale, Telemar, Vivo, Embratel, Ampla, Light, Bradesco Seguros, Souza Cruz, Globosat, BNDES, Banco do Nordeste, entre outras.



Data: 01.06/2009 (segunda-feira)

Horário: 15:00 às 17:00 horas

Local: Auditório Theophilo de Azeredo Santos

Av. Rio Branco, 81 – 19º andar - Centro - RJ.


Inscrições: Gratuita conforme regras em nosso site

Envie e-mail para aberj@aberj.com.br com nome, instituição, CNPJ, cargo, telefone.